setembro 14, 2008

Susto e Tapas na Cara (Parte I)

No último final de semana fui visitar uns amigos em Brasília. Como eles moram numa cidade próxima (Águas Claras) e já era noite, tive que pegar um táxi. Ao desembarcar no aeroporto, sabia da existência de um “transporte alternativo” que me permitiria economizar, mas sem saber como identificar esses motoristas, liguei para o meu anfitrião e fui informado que eram pessoas que ficavam próximas aos seus carros. Ao identificar um cidadão numa situação semelhante à descrita, o abordei e perguntei: “Quanto é até Águas Claras?” e o senhor, com voz de “Pantaleão”, (personagem do Chico Anysio) respondeu: “Uns 15 quilômetros. Você pode pegar um ônibus ou, se ainda tiver metrô, sai mais barato”. Obviamente, pela resposta não se tratava de um dos profissionais que eu procurava, o que me deixou muito constrangido.
Penso que pela minha fisionomia de “estou num mato sem cachorro”, o cidadão me disse: “Olhe, estou esperando a minha filha e vou para Taguatinga e Águas Claras é caminho. Vá para a parada e espere seu ônibus, se eu passar por lá e você ainda estiver, lhe dou uma carona. Lá perto, o senhor pega um táxi que sairá bem mais barato”. Para um turista em terras desconhecidas, aquilo foi uma bênção. Em poucos minutos, eu embarquei no carro e rumei para Águas Claras.No caminho, passando por placas que indicavam localidades como Ceilândia e Candangópolis, alguns pensamentos começaram a rondar a minha mente. Seqüestro, roubo e outras atrocidades pareciam mais claros quando passei por uma região pouco habitada chamada “PARQUE WAY” e o motorista comentou que ali era região de muitas mansões e que ninguém passava pelas ruas de lá à noite. A cada beco que eu passava, a cada rua escura, eu me via ali e a toda hora pensava “onde é que eu fui me meter” (continua...)

Um comentário:

Larissa disse...

Não é Candangópolis, é Candangoländia! Hahahahahah