Outra situação em que tomei um tapa na cara foi quando eu embarquei num ônibus e, ao pagar a passagem, recebi um bolo de notas de um real. No fundo do ônibus, estava um grupo de meninos de rua que me perguntaram se eu não queria trocar as moedas que eles haviam ganho pelas minhas notas.
Para mim, nunca houve diferença entre moedas e notas, afinal, dinheiro é dinheiro. Para testar a honestidade desses meninos, propus o seguinte: “vamos fazer essa troca e eu não vou conferir as moedas de vocês. Vou confiar, heim!” e os meninos disseram que eu poderia conferir que tudo estava certo. Joguei as moedas no bolso lateral da minha mochila e segui viagem tentando não pensar mais no assunto, mas estava muito curioso.
Ao chegar em casa, conferi as moedas e, para a minha surpresa e decepção, faltavam quase dois reais. Para ser exato, meu prejuízo foi de R$1,85. O valor não era o motivo maior da minha indignação, mas a confiança nos mais inocentes tinha sido gravemente abalada. Joguei a mochila num canto e passei o resto do dia chateado...
No dia seguinte, peguei a mochila para tirar o material que estava lá dentro e encontrei algumas moedas no fundo. Examinei melhor a mochila e vi que aquele bolso no qual eu havia colocado as moedas estava rasgado. Contei R$2,15.
Sim, os meninos haviam dado dinheiro a mais e aquele tinha sido mais um tapa na cara que o destino me dava.
setembro 17, 2008
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2 comentários:
bah prof, certo que eu ja ia ficar tri braba com as criancinhas tbm..
talvez nem todos sejam pessoas ruin, com certeza não.. mas sempre é bom desconfiar!
^^
saudades!
Sor eu ia ficar braba com as crianças também, mas em algumas situações devemos confiar nas pessoas!
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